quinta-feira, 28 de maio de 2009

Crônica de uma escola!




O sino toca!


Hora de ir para sala e iniciar a incessante corrida: aulas, alunos, habilidades, sala de aula, alunos conversando, livros, cadernos, exercícios, correções, chamada, diário... Ufa!


Ops! Um espelho! Eu me vejo! Ajeito meu cabelo, estou bem!


Eu! Eu! Eu!


Mas existe você! Não dá tempo de olhar para você.


Me colocar em seu lugar? Impossível!


Conversar com você? Talvez!


O outro insiste em aparecer na minha frente. Quem sabe um sorriso, um abraço, um oi, quem sabe eu o ignore, olhe no relógio, para trás, para dentro da sala, para o meu material. Alguns passos e ... passou! Passamos! Eu por você, você por mim. Qual será mesmo seu nome?


Hoje acordei inspirado! Meu dia foi ótimo! o outro me parece belo, simpático, triste, alegre, inteligente, interessante, aberto ao diálogo. Quem sabe eu arrisque. Quem sabe eu diga:


"- Olá, muito prazer!"

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ser amada!


Hoje, tudo o que eu queria, era não estar tão só...


sábado, 16 de maio de 2009

Borboletas!



"O segredo é não correr atrás das borboletas…
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!”
(Mário Quintana)



Meu jardim está cuidado. Limpo, seguro, perfumado, repleto de flores, sonhos, desejos e uma vontade louca e incontrolável de amar.

Onde estará você, minha borboleta preferida, porque não me encontras?

Por quais caminhos tortuosos estarás?

Por quem estás a procurar?

Ainda não chegou o tempo exato de me encontrar?

Oh! Pequena e tão esperada borboleta, voe, para o seu jardim direto para mim.

Coração partido!!!


Lá estava ela, Marcela Amaral, depois de algumas ampolas de anti-inflamatório, anti-térmico e várias cápsulas de comprimidos para dor. Sentada, com uma xícara de chocolate quente do lado, o corpo já não doía mais, mas o coração... Ah! Esse, só sendo transplantado por outro novinho em folha. Será que existe um doador compatível? Será que ainda existe alguém que tenha um coração intocado pelas dores e decepções; abandonos e desilusões?

Marcela Amaral, mulher bem sucedida, linda, sempre forte, independente, durona durante a semana no trabalho e no lar, mas sozinha em pleno sábado à noite. Lá estava ela hipnitizando o celular e o telefone a espera de um convite que não surgiu e fitando ansiosamente a campainha que não tocou.

Tomou sua xícara de chocolate quente e foi para o seu quarto induzir o sono com alguns cloxazolans básicos, induzir o sonho e esperar pela companhia tão distante do calor dos seus lençóis.

Reflexões ou dramas??

O encontro perfeito!!


Pecados...

E se você tivesse pisado nos meus pezinhos, não tão rechonchudos?
E se você tivesse me dado aquele beijinho suave e delicado, quase apaixonado na testa?
E se os pecados e desejos aflorassem nos meus olhos ao fitarem os seus após o beijo na testa, se minha mão passeasse lentamente pelo seu cabelo e o seu sorriso se abrisse no momento exato em que o elevador parasse no seu andar?
O melhor seria nem pensar, nem esperar e me aproximar lentamente com aquele ar de quem não quer nada e te beijar e antes que o elevador desse sinal de movimento você me apertaria firmemente pela cintura, saindo do elevador e o beijo iniciado continuaria por alguns segundos no corredor.
A chave abriria a porta lentamente e o convite já não seria tão necessário. As luzes seriam dispensáveis e ao olhar o teto negro apenas os sentidos conduziriam os caminhos não tão tortuosos dos pecados que ousamos balbuciar ao pensar.
Ao olhar o teto escuro perde-se a noção do significado de pecado. O que seria mesmo pecado?
O pecado não sei, mas as suas mãos estavam onde deveriam pecaminosamente estar, sua boca beijava como deveria beijar e sua voz dizia o que desejava ser ouvido. Um instante perfeito... lá estavam os pés juntos, depois de tanto percorrer caminhos tortuosos, o teto negro, o cúmplice perfeito, depois de tanto ouvir as suas confidências sobre os desencontros da vida.
... o melhor, agora, seria adormecer e nem esperar amanhecer!!!

Para alguém sem tempo!



O tempo

O tempo que tiram de ti
A outros é doado...
Doado sem querer, doído pra valer.

O tempo que tiram de ti
A outros é necessário...
Por atenção e obrigação.

O tempo que tiram de ti
Por outros é aproveitado...
Momentos... parados, perplexos diante de ti.

Olhando em seus olhos
O tempo passa...
O tempo que leva, traz e guarda acontecimentos que só ele pode explicar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Penso, logo deixo de existir!










"Penso, logo existo."





Dizia René Descartes em seu ápice de sabedoria, mas...

O inesperado e contraditório aconteceu e essa citação foi, eu ousaria dizer, desmistificada.

Hoje, quem pensa não existe. O mundo anda muito complicado e contrariando Renato Russo, não há ninguém que queira fazer tudo por você.

Crise, violência, trânsito infernal, várias horas de trablaho, ingestão de sapos, lágrimas, o dinheiro nunca dá, alimentos sem sabor, relações sem amor; ali, do outro lado, a coisa está pior, poluição, pobreza, mortes, assassinatos, fumaça, barulho, pessoas e suas rotinas desleais, buzinas, apitos, sirenes, alarmes, grades... e ....

Se fosse bem pensar, hoje não sairia da cama, ficaria aqui dormindo e acordando; definhando, até não mais existir. Se penso, logo deixo de existir.

Reflexão ou drama?

Amor, ainda existe?


- Não! Não me diga que você é mais um daqueles homens que só pensa em sexo. Daqueles, que sexo é a coisa mais importante e necessária da relação. Por favor, não me decepcione! Sabia que ainda há coisas legais pra se fazer a dois como: andar de mãos dadas no shopping, assistir filmes abraçadinhos, olhar para as estrelas e ao segui-las no imenso universo se deparar com uma do seu lado e lhe dar um beijo romântico e apaixonado. E por falar nisso, sabia que ainda existe beijo, romance e companheirismo? E por falar nisso, sabia que ainda existe amor, amizade, respeito, desejo, conquista e compreensão?

Não, não me decepcione, não desperdice seus segundos preciosos num orgasmo egoísta e frio.

Siga o caminho das pedras e eu te garanto que no fim estará a inesquecível arte de fazer amor, amando e sendo amado. Oh!

E aí, reflexões ou drama?

Mocinhas boazinhas!


Esse é para vocês, mocinhas boazinhas.

Mocinhas boazinhas que tentam salvar o mundo com suas atitudes românticas e felizes.

Para vocês, que com um lindo e sincero sorriso, estão sempre dispostas a dizer sim.

Para vocês que ajudam, elogiam, agradam, amam...

Meninas, a realidade é dura! E desde já, não sejam tão boazinhas. Mocinhas boazinhas se transformam em mulheres boazinhas e lamento dizer, mas...

- NÃO HÁ ESPAÇO PARA MULHERES BOAZINHAS NO PLANETA TERRA!

Mulheres boazinhas não são merecedoras de nada!

- Mas e se for traço de personalidade? E se o fato de ser boazinha for do meu ser? Se me der prazer ser boazinha?

- Seja e aguarde as consequências, porque cedo ou tarde elas virão.

Reflexões ou drama?

Contos, fadas e afins!





Lá estava ela, no seu país das maravilhas, simbolizado pela loja de conveniência do posto de gasolina. Que conveniência! Perplexa, parada, correndo o dedo e os olhos pelos vários sabores de bib's, tentando escolher o sabor que daria mais gosto a sua vida, o sabor que se adequaria ao momento estático em que os três mosqueteiros resolveram assombrar seu presente.

Olhou para o lado e uma revistinha chamou sua atenção, trazia na capa Sherek e Fiona felizes para sempre, a analogia certeira para sua vida, que hoje, parecia a contradição perfeita dos contos de fadas perfeitos.

Com um sorriso meio amarelo, abriu o pacotinho de bib's e lançou umas duas bolinhas na boca, na incessante busca de se livrar do gosto amargo deixado pelo primeiro cavaleiro da távola redonda. Longe de cavalos medievais e armaduras impenetráveis, o cavaleiro havia se transformado misteriosamente no "Moto Moto". É, Moto Moto, aquele do filme Madagascar 2, com toda sua classe, elegância e nada de sutileza.

Piscando levemente como se pudesse apagar aquele rosto sarcástico de sua mente, ela pode ouvir:

"- E aí, gostosa toda? Você é mesmo enorme!"

Caramba, era ele mesmo, Moto Moto, agora, o escolhido pela fêmea mais esperta da manada, que foi logo dando um jeitinho de procriar e manter a espécie longe da extinção. 2 de uma vez... agora, esse coração conhecerá a verdade sobre o amor que derreterá o bloco de gelo cravado em seu peito.

Pegando mais uma bolinha do adocicado chocolate, pensou:

- Esse, já era. Ainda bem, mais um fantasma se foi... Restam 2.

O próximo, estilo Johnny Bravo, do tipo: "Eu sou o máximo!" Sempre o melhor em tudo, tão bom que acha não precisa de ninguém por perto ou do seu lado. Agora, assombra seu presente, descartando-a, depois de usá-la muito bem, é claro, para ficar sozinho com seus pensamentos, pensando em algo egocentricamente satisfatório. Caramba, será que ele é uma ilha?

Beleza, mais um que se vai...

Com um sorrisinho mais colorido, pensou nas atitudes do outro fantasma, esse, estilo Peter Parker. Esse mesmo, o homem aranha. Estilo sonso, carente, singelo, o cavalheiro perfeito, daqueles que a gente quer pegar pra cuidar. Esse, kkkk, dialoga consigo mesmo, elabora diálogos que não serão ditos, vive no contexto das regrinhas sentimentais impostas pela sociedade; imaginando que qualquer atitude de carinho, atenção ou cuidado queira dizer: - Ah! Ela tá na minha. Tá me dando mole. E, assim, veste sua fantasia preferida e transforma-se em homem aranha e fica nos ares, de lá para cá, em sua teia resistente ao contato real, como homem normal.

E não é que se foi... mais um.

Os três mosqueteiros se foram.

Resta ela e seu pacotinho de bib's. Esperando pelos próximos fantasmas que supostamente assombrarão seu futuro.

Homens em um conto em que a fada está só... reflexões ou drama?